O uso de moldagens e modelos de gesso foi um procedimento padrão antes do surgimento da Odontologia Digital. Embora ainda seja popular e muito utilizado em consultórios odontológicos, ele vem perdendo sua força frente ao scanner intraoral.
É por isso mesmo que o trabalho digital tem mantido força. Rápido, limpo, preciso e sustentável, o scanner intraoral agiliza os tratamentos e, com isso, até auxilia na retenção de clientes. Mas para que você entenda as vantagens do aparelho, deve saber como o trabalho com gesso funciona, além da função da água na criação de moldagens e modelos de gesso.
Neste post, você vai entender como são feitas as moldagens em gesso, qual a função da água nesse processo e por que o scanner intraoral é uma escolha mais interessante. Confira!
Como são feitos as moldagens e os modelos de gesso?
O gesso é uma massa resultante do aquecimento (e redução a pó da gipsita, um mineral muito abundante na natureza). Na Odontologia, para se obter o gesso é utilizado o sulfato de cálcio, sal inorgânico. A gipsita é formada pela versão hidratada desse sal (sulfato de cálcio dihidratado).
A gipsita (dihidrato) se transforma em gesso (hemihidrato) por meio de um processo de aquecimento de 110 a 130ºC chamado calcinação.
Moldagem, molde e modelo
A moldagem é a técnica de “imprimir”, ou seja, obter o molde de uma estrutura ou superfície. Em Odontologia, ela acontece quando o profissional insere o material de moldagem (alginato, por exemplo) em uma moldeira, coloca-os na boca do paciente até que a substância comece a endurecer. O produto dessa reação química é o molde.
Antes disso, o alginato deve ser misturado com água e passar pela espatulação, ou seja, ser batido com uma espátula em um recipiente. Ele deve ser colocado na moldeira e espalhado também, com o auxílio do dedo indicador, na superfície oclusal e espaços interproximais dos dentes que serão moldados.
Após a desinfecção dos moldes, é hora de trabalhar com o gesso.
Em um recipiente, o gesso também passa pela espatulação. É a partir dele que o profissional de Odontologia vai obter os modelos de gesso, ou seja, a reprodução da superfície dentária que ele obteve com o material inserido no molde.
O gesso espatulado deve ser suficiente para preencher todo o arco da arcada dentária obtida pelo molde, mas não pode ultrapassar esse limite. Esse processo é chamado de vazamento.
O acabamento é feito em uma recortadora de gesso.
Tipos de gesso
Vários tipos de gesso são criados para atender às especificidades dos diferentes tipos de moldes e modelos de gesso:
- gesso comum para moldagem (tipo I);
- gesso comum para moldagem (tipo II);
- gesso pedra (tipo III);
- gesso especial (tipo IV);
- gesso pedra de alta resistência (tipo V).
Qual a relação entre água e gesso?
A água é o elemento-chave para a criação de modelos de gesso, já que ela é misturada ao pó (sulfato de cálcio dihidratado) para obtermos o gesso.
A relação água-pó (A/P) é determinada por características das partículas do gesso, como formato, densidade e tamanho. As quantidades de água e hemihidrato devem ser medidas precisamente por peso. Em média, cada 100g de gesso necessitam de 40mL de água.
A relação água e pó também varia conforme o tipo de gesso:
- tipo I: relação água pó (mL/g) 0,50 a 0,75;
- tipo II: relação água pó (mL/g) 0,45 a 0,50;
- tipo III: relação água pó (mL/g) 0,28 a 0,30;
- tipo IV: relação água pó (mL/g) 0,22 a 0,24;
- tipo V: relação água pó (mL/g) 0,18 a 0,22.
A quantidade de água também de termina se o material utilizado para fazer a moldagem (na maioria dos casos, o alginato) vai ser mais ou menos resistente. O profissional pode, por exemplo, reduzir ligeiramente a quantidade do líquido para aumentar a resistência e diminuir o tempo de permanência na boca do paciente.
Além disso, a água é usada para, em dias muito quentes, impedir o processo de catalisação do material.
Quais as vantagens do scanner intraoral em relação à moldagem em gesso?
O scanner intraoral é alternativa criada pela Odontologia Digital para otimizar o processo de moldagem e a criação de moldes e modelos de gesso. Nesse processo, o aparelho escaneia toda a arcada dentária do paciente e manda as imagens por um computador, que vai criar uma imagem 3D com base nessas informações. Esse modelo digital será enviado para uma fresadora, que fará a versão física em segundos.
A forma tradicional, como você viu, envolve gastos com materiais, envolvimento de outros profissionais, espaço propício para o procedimento, tempo maior de espera para a criação dos modelos e desconforto do paciente.
Confira outras vantagens que o scanner intraoral oferece em relação ao gesso.
Sustentabilidade
O escaneamento intraoral elimina a necessidade de gesso e alginato para impressão. Isso porque o modelo pode ser completamente digital; você pode imprimir apenas a prótese. Resumindo, não haverá necessidade de “entulhar” inúmeros modelos de gesso no consultório ou de um descarte especial.
Por fim, aparelhos dentários impressos em 3D são mais baratos e mais duráveis que os tradicionais.
Precisão
Num primeiro instante, a impressão que um odontologista poderia ter é que o escaneamento intraoral pecaria na precisão. Afinal, por ser um trabalho digital, a prótese não teria um modelo físico para se basear. No entanto, é exatamente o contrário: o escaneamento é quase 100% preciso. Consequentemente, as chances de que a prótese não sirva ou seja do gosto do paciente são quase nulas.
Entendeu como a água influencia nas moldagens de gesso? Mas como você viu, é um método que exige tempo de todos os envolvidos, além de não ser sustentável e não ter o mesmo grau de precisão que a moldagem digital. O escaneamento intraoral é também muito mais confortável para o paciente, já que o escaneamento pode exigir, no máximo, o uso de um pó específico nos dentes para diminuir reflexos.
Se você deseja modernizar o processo de moldagem e oferecer atendimentos mais avançados aos seus pacientes, entre em contato com a DVI Radiologia e fale com um especialista!