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Halitose: possíveis causas e conduta odontológica

A halitose, também conhecida como mau hálito, é uma condição que afeta milhões de brasileiros e pode impactar tanto a saúde bucal quanto a qualidade de vida de quem a apresenta. 

Embora seja frequentemente percebida como algo relacionado ao estômago, na maioria dos casos, a origem do problema está na própria boca. 

Compreender as causas da halitose e adotar a conduta odontológica adequada são passos fundamentais para combater o problema e prevenir seu surgimento.

Descubra neste artigo como identificar as principais causas da halitose, quais medidas podem ser tomadas para tratá-la e como simples hábitos podem fazer toda a diferença para garantir um hálito fresco e saudável.

O que é halitose?

Halitose é o termo utilizado para descrever o odor desagradável que emana da boca. Não se trata de uma doença em si, mas de um sintoma que indica alterações no organismo ou na saúde bucal. 

É importante destacar que, na maioria das vezes, a halitose tem origem na cavidade oral, especialmente na parte posterior da língua, onde resíduos alimentares e bactérias se acumulam.

Esse acúmulo, associado ao fluxo reduzido de saliva nesta região, facilita a digestão de proteínas pelas bactérias, gerando compostos sulfurados voláteis que causam o mau cheiro. 

A Associação Brasileira de Halitose (ABHA) estima que 90% dos casos de mau hálito estejam relacionados a causas bucais, como má higiene ou doenças periodontais.

Possíveis causas da halitose

A halitose pode ser causada por diferentes fatores, que variam desde problemas bucais até alterações sistêmicas. Confira as principais:

Má higiene bucal

A higiene inadequada é uma das principais causas do mau hálito. Resíduos alimentares não removidos corretamente acumulam-se na boca, especialmente entre os dentes e na língua, favorecendo a proliferação de bactérias.

Além disso, o uso inadequado de próteses dentárias também pode contribuir para o mau hálito, caso não sejam higienizadas corretamente. Essas próteses podem acumular restos alimentares e bactérias em suas superfícies, agravando o problema.

Doenças periodontais

Condições como gengivite e periodontite, caracterizadas pela inflamação das gengivas e perda de tecidos de suporte dos dentes, são grandes vilãs. 

Essas doenças criam espaços (bolsas periodontais) onde as bactérias podem se esconder e proliferar.

Boca seca (xerostomia)

A saliva é essencial na limpeza natural da boca. Quando sua produção é reduzida, seja por desidratação, medicamentos ou condições como a síndrome de Sjögren, ocorre um aumento na concentração de bactérias, potencializando o mau hálito.

Dieta e hábitos alimentares

Dietas ricas em alimentos como alho e cebola podem contribuir temporariamente para o mau hálito. 

Além disso, o jejum prolongado ou dietas restritivas podem causar a liberação de cetonas, substâncias que alteram o odor da respiração.

Causas sistêmicas

Embora menos comuns, problemas sistêmicos como diabetes, doenças renais, hepáticas e alterações gastrointestinais podem levar ao mau hálito. Nesses casos, a halitose geralmente é acompanhada por outros sintomas.

Conduta odontológica no tratamento da halitose

Quando o mau hálito persiste, buscar a ajuda de um dentista é essencial para identificar sua origem e adotar o tratamento correto. A abordagem odontológica para tratar a halitose envolve:

Avaliação bucal completa

O dentista realiza um exame detalhado da cavidade oral, verificando a presença de doenças periodontais, cáries e acúmulo de tártaro, que podem contribuir para o problema.

Higiene bucal orientada

O profissional orienta sobre as melhores práticas de higiene bucal, incluindo a escovação correta, o uso do fio dental e a limpeza da língua com raspadores específicos.

Tratamento de doenças bucais

Condições como gengivite e periodontite devem ser tratadas para eliminar focos de infecção e inflamação que agravam o mau hálito.

Recomendações personalizadas

Em casos de xerostomia, o dentista pode indicar o uso de saliva artificial ou produtos que estimulam a produção salivar. 

Para pacientes com halitose de origem sistêmica, o dentista pode recomendar o acompanhamento de outros especialistas, como endocrinologistas ou gastroenterologistas.

Dicas de prevenção para evitar a halitose

Manter uma rotina de cuidados simples pode fazer toda a diferença na prevenção do mau hálito. Confira as principais dicas:

Capriche na higiene bucal

Escove os dentes ao menos três vezes ao dia, use fio dental diariamente e limpe a língua com um raspador apropriado.

Mantenha-se hidratado

Beba ao menos dois litros de água por dia para garantir a produção adequada de saliva.

Evite jejum prolongado

Faça refeições em intervalos regulares para evitar a queda da glicose no sangue e o aumento de compostos sulfurados.

Cuide da alimentação

Prefira alimentos ricos em fibras, que ajudam na limpeza mecânica dos dentes, e evite exageros em itens como café, álcool e cigarro, que ressecam a boca.

Realize check-ups regulares

Visitas frequentes ao dentista ajudam a identificar e tratar problemas bucais antes que se agravem.

Por que tratar a Halitose é importante?

Ignorar o mau hálito pode gerar impactos além da saúde bucal, afetando a autoestima, os relacionamentos e até a vida profissional. 

O tratamento odontológico adequado permite não apenas eliminar o odor desagradável, mas também cuidar de problemas de saúde subjacentes.

A halitose também pode ser um indicativo precoce de doenças graves, como câncer oral ou alterações metabólicas. Tratar a causa subjacente ajuda a preservar a saúde geral e aumenta a qualidade de vida.

Se você busca mais informações sobre cuidados com a saúde bucal, confira nosso artigo sobre é tártaro no dente onde explicamos o que causa e soluções para esse problema.

 

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