A perda óssea dentária é um problema sério que pode afetar tanto homens quanto mulheres, mas estudos indicam que as mulheres são mais suscetíveis a essa condição.
De acordo com uma reportagem do quadro Bem Estar, da Rede Globo, a perda óssea dentária atinge mais mulheres do que homens, sendo a menopausa um dos fatores de risco mais significativos.
Para saber mais sobre o assunto e compreender sobre fatores de risco e possíveis tratamentos, continue a leitura!
Por que a perda óssea afeta mais as mulheres?
A perda óssea é uma condição em que o tecido ósseo se deteriora, resultando em uma diminuição na densidade óssea e, consequentemente, em uma maior fragilidade dos ossos.
No contexto da saúde bucal, essa perda pode afetar os ossos que suportam os dentes, levando a problemas como a perda de dentes, retração gengival e outros distúrbios periodontais.
Entre as principais razões pelas quais as mulheres são mais propensas à perda óssea dentária, destacam-se:
Menopausa
Durante a menopausa, os níveis de estrogênio nas mulheres caem drasticamente. Esse hormônio, cabe destacar, é essencial na manutenção da densidade óssea.
Com a diminuição do estrogênio, as mulheres se tornam mais vulneráveis à osteoporose, que afeta todo o esqueleto, incluindo os ossos da mandíbula.
Influências hormonais
Além da menopausa, outras influências hormonais ao longo da vida da mulher, como a gravidez e o uso de anticoncepcionais, também podem afetar a saúde óssea.
As flutuações hormonais podem contribuir para a perda de densidade óssea, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a danos.
Diabetes
A diabetes é uma condição que pode afetar a circulação sanguínea e o sistema imunológico, aumentando o risco de doenças gengivais, que podem levar à perda óssea.
Mulheres com diabetes, especialmente aquelas com controle glicêmico inadequado, estão em maior risco de desenvolver perda óssea dentária.
Tabagismo
O tabagismo é um fator de risco significativo para a perda óssea, pois interfere na capacidade do corpo de absorver cálcio, um mineral essencial para a saúde dos ossos.
Além disso, o fumo prejudica a circulação sanguínea, afetando a regeneração óssea e exacerbando a perda de densidade óssea.
Mordida inadequada e bruxismo
Uma mordida inadequada ou o hábito de ranger os dentes (bruxismo) pode colocar uma pressão excessiva sobre os ossos da mandíbula.
Isso acaba levando ao desgaste dos ossos e à perda óssea ao longo do tempo, especialmente se não for tratado.
Cuidados para evitar a perda óssea em mulheres
A boa notícia é que existem várias medidas que podem ser tomadas para prevenir ou minimizar a perda óssea em mulheres.
Esses cuidados são fundamentais para manter a saúde bucal e evitar complicações graves. Veja, a seguir, os principais:
Consultas regulares ao dentista
A consulta periódica ao dentista é essencial para monitorar a saúde bucal e detectar precocemente sinais de perda óssea.
O dentista pode realizar exames radiográficos para avaliar a densidade óssea e recomendar tratamentos preventivos ou corretivos conforme necessário.
Manutenção de uma dieta rica em cálcio e vitamina D
O cálcio e a vitamina D são nutrientes essenciais para a saúde óssea. As mulheres devem garantir uma ingestão adequada desses nutrientes para fortalecer os ossos.
Os alimentos ricos em cálcio incluem laticínios, folhas verdes escuras, amêndoas e peixes como salmão e sardinha.
Já a vitamina D pode ser obtida por meio da exposição ao sol e de alimentos como ovos, fígado e peixes gordurosos.
Controle do tabagismo
Para as fumantes, abandonar o cigarro é uma das medidas mais eficazes para proteger a saúde óssea.
Parar de fumar melhora a circulação sanguínea e permite que os ossos se regenerem mais eficazmente, além de reduzir o risco de outras doenças.
Gestão da diabetes
As mulheres com diabetes devem focar no controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue.
Um bom controle da diabetes ajuda a prevenir complicações relacionadas à perda óssea e melhorar a saúde bucal geral.
Tratamentos hormonalmente reguladores
Em alguns casos, especialmente em mulheres pós-menopausa, a terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser considerada para ajudar a manter os níveis de estrogênio e, assim, proteger contra a perda óssea.
No entanto, essa é uma decisão que deve ser tomada em conjunto com um médico, considerando os riscos e os benefícios. Jamais tome hormônios sem indicação e acompanhamento.
Uso de placas para bruxismo
Se o bruxismo é um problema, o uso de placas miorrelaxantes, que são moldadas pelo dentista, pode ajudar a proteger os dentes e os ossos da mandíbula da pressão excessiva.
Essas placas reduzem o desgaste dos dentes e previnem a perda óssea associada ao bruxismo.
Tratamentos disponíveis para quem já teve perda óssea
Se a perda óssea já estiver presente, existem tratamentos disponíveis que podem ajudar a controlar a progressão da condição e até mesmo reverter alguns dos danos. Observe:
Enxerto ósseo
O enxerto ósseo é um procedimento em que o dentista utiliza tecido ósseo de outra parte do corpo ou um material sintético para reconstruir o osso perdido.
Esse procedimento é frequentemente utilizado antes de implantes dentários para garantir que haja osso suficiente para suportar o implante.
Terapias regenerativas
Existem terapias que utilizam proteínas e fatores de crescimento para estimular a regeneração óssea.
O tratamento terapêutico pode ser combinado com enxertos ósseos para melhorar os resultados do tratamento.
Implantes dentários
Para mulheres que perderam dentes devido à perda óssea, os implantes dentários podem ser uma solução eficaz.
Os implantes funcionam como raízes artificiais que se fundem ao osso da mandíbula, ajudando a preservar o osso restante e restaurando a função dentária.
Medicações para osteoporose
Em alguns casos, medicamentos utilizados para tratar a osteoporose, como bifosfonatos, podem ser prescritos para ajudar a fortalecer os ossos e prevenir a perda óssea adicional.
No entanto, os medicamentos somente devem ser utilizados com a supervisão de um médico ou de um dentista.
A perda óssea dentária é uma condição séria que afeta muitas mulheres, especialmente após a menopausa. No entanto, com cuidados preventivos adequados e tratamentos modernos, é possível gerenciar a condição e manter a saúde bucal.
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