O controle radiográfico é uma ferramenta essencial na odontologia, permitindo aos dentistas monitorar a saúde bucal dos pacientes de maneira precisa e preventiva.
A realização periódica de exames radiográficos auxilia no diagnóstico precoce de condições que não são visíveis a olho nu e no acompanhamento da evolução de tratamentos.
No entanto, muitos profissionais se questionam sobre qual a frequência adequada para repetir esses exames e quais são os mais indicados em diferentes situações clínicas.
Neste post, vamos abordar esses tópicos, diferenciando exames de rotina daqueles usados para acompanhamento de doenças ou tratamentos. Saiba mais, a seguir!
A importância do controle radiográfico
As radiografias odontológicas fornecem uma visão detalhada das estruturas ósseas, dentes e raízes, facilitando o diagnóstico de cáries, doenças periodontais, infecções, entre outras condições.
Além disso, permitem acompanhar a progressão de tratamentos, como implantes e canal, e verificar a eficácia de intervenções realizadas.
No entanto, o excesso de exames radiográficos pode expor os pacientes a radiações desnecessárias.
Portanto, estabelecer uma cadência adequada e pedir os exames corretos para cada caso é fundamental para equilibrar a necessidade de monitoramento com a segurança do paciente.
Cadência de repetição: qual o intervalo ideal?
A frequência dos exames radiográficos varia de acordo com o estado de saúde bucal do paciente, idade, histórico odontológico e o tipo de tratamento em curso.
Seguem algumas recomendações gerais:
Pacientes saudáveis, sem histórico de problemas dentários graves
Em pacientes com saúde bucal estável, a cadência dos exames radiográficos de rotina pode ser feita a cada dois anos.
Isso permite que o dentista monitore o desenvolvimento de eventuais problemas e intervenha de forma preventiva.
No entanto, é importante que o acompanhamento clínico regular seja mantido para verificar a necessidade de antecipar exames em casos específicos.
Pacientes com histórico de cáries frequentes ou doenças periodontais
Os pacientes com um histórico de cáries ou doenças periodontais podem necessitar de radiografias mais frequentes, como a cada seis meses a um ano.
Isso ajuda a monitorar a evolução da doença, identificar novas áreas de comprometimento e ajustar o tratamento de forma adequada.
Pacientes pediátricos
As crianças podem necessitar de exames radiográficos a cada um ou dois anos, dependendo do estágio de desenvolvimento dentário e da presença de fatores de risco, como cáries frequentes ou alinhamento inadequado dos dentes.
Os exames como a radiografia panorâmica são essenciais para acompanhar o desenvolvimento da dentição permanente.
Pacientes em tratamento ortodôntico
Para quem está realizando tratamento ortodôntico, a cadência de exames radiográficos pode ser semestral ou anual, a depender da fase do tratamento.
Radiografias panorâmicas ou periapicais são indicadas para acompanhar o movimento dentário e a saúde das raízes durante a ortodontia.
Quais exames pedir para o controle radiográfico?
A escolha dos exames para o controle radiográfico varia conforme a necessidade do diagnóstico, a área a ser analisada e o tipo de tratamento.
A seguir, veja exemplos de exames com suas indicações:
Radiografia Periapical
A radiografia periapical é indicada para avaliar as raízes dos dentes e as estruturas adjacentes.
Ela é fundamental para diagnósticos de doenças endodônticas, como abscessos e infecções.
Também é utilizada para avaliar a saúde de dentes com coroas, verificar a presença de cistos ou fraturas e para monitorar tratamentos de canal.
Quando pedir: Em casos de dor aguda localizada, suspeita de infecção ou monitoramento pós-tratamento endodôntico.
Radiografia panorâmica
A radiografia panorâmica oferece uma visão ampla das arcadas dentárias, mandíbula, maxila e estruturas associadas.
Ela é indicada tanto para diagnósticos de rotina quanto para o planejamento de tratamentos ortodônticos, avaliação de cistos, tumores e outras anomalias ósseas.
Além disso, é amplamente utilizada no acompanhamento de cirurgias bucomaxilofaciais e colocação de implantes.
Quando pedir: Em avaliações iniciais de novos pacientes, planejamento ortodôntico, cirurgias ou em caso de suspeitas de fraturas ou lesões nas estruturas ósseas.
Radiografia Bitewing
Esse tipo de radiografia é indicado para avaliar as coroas dos dentes posteriores e as cristas alveolares.
Ele é especialmente útil para identificar cáries interproximais e a saúde das restaurações.
Os pacientes com histórico de cáries frequentes devem fazer este exame regularmente, a cada seis meses a um ano, dependendo do caso.
Quando pedir: Em avaliações de rotina para detecção precoce de cáries, especialmente em pacientes com histórico de cáries ou que utilizam próteses.
Radiografia oclusal
A radiografia oclusal é utilizada para avaliar fraturas ou anomalias que afetam o desenvolvimento e posicionamento dos dentes, especialmente em crianças.
Esse exame oferece uma visão da arcada completa em um único plano, sendo útil para acompanhar o desenvolvimento de dentes impactados ou supernumerários.
Quando pedir: Quando há suspeita de dentes não erupcionados, em casos de fraturas ou para monitorar o crescimento da dentição em crianças.
O controle radiográfico é uma parte essencial da prática odontológica moderna. Saber quando e qual exame solicitar permite que o dentista faça diagnósticos precisos, trate problemas de forma proativa e acompanhe o progresso dos tratamentos com eficácia.
Lembre-se: a cadência dos exames deve ser personalizada de acordo com o estado de saúde bucal do paciente, e a escolha do tipo de radiografia deve ser feita conforme a necessidade clínica apresentada.
Agora que já sabe mais sobre controle radiográfico, fique com a gente e leia o nosso artigo com um guia completo da tomografia de mandíbula. Ele traz informações relevantes sobre o exame.
