Compreender as diferenças entre a reabsorção radicular interna e a externa é essencial para que os dentistas adotem a conduta mais adequada para cada caso.
A reabsorção radicular, cabe lembrar, é um fenômeno patológico que resulta na perda de dentina e/ou cemento radicular. Isso é comum de ocorrer após traumas dentários, tratamentos ortodônticos e infecções periodontais.
Para saber mais sobre as diferentes classificações de reabsorção radicular e as particularidades de cada uma delas, prossiga com a leitura!
Reabsorção radicular interna: o que é, diagnóstico e tratamentos
A reabsorção radicular interna ocorre dentro do canal radicular, iniciando no interior da dentina e progredindo em direção à periferia.
Esse processo é frequentemente associado a traumas dentários, inflamações pulpares ou infecções.
A reabsorção interna é, geralmente, assintomática e descoberta apenas por meio de exames radiográficos de rotina.
Diagnóstico
Para o diagnóstico da reabsorção radicular interna, os seguintes exames são recomendados:
- Radiografia periapical digital: preferida por sua praticidade e menor exposição à radiação; e
- Tomografia computadorizada por feixe cônico (CBCT): fornece uma imagem tridimensional detalhada, sendo útil para casos mais complexos ou suspeitas de reabsorção avançada.
Tratamentos
O tratamento da reabsorção radicular interna depende do estágio do processo e da extensão da reabsorção. Entre as opções mais comuns estão:
- Pulpectomia: remoção do tecido pulpar infectado ou necrosado;
- Obturação do canal radicular: após a limpeza do canal, utiliza-se material de obturação para selar o espaço e prevenir a progressão da reabsorção;
- Monitoramento: em casos iniciais ou de menor extensão, o acompanhamento radiográfico periódico pode ser uma abordagem viável. Assim, podem ser tomadas as medidas conforme o fenômeno avance no paciente.
Reabsorção radicular externa: o que é, diagnóstico e tratamentos
A reabsorção radicular externa inicia na superfície externa da raiz e progride em direção ao canal radicular.
Ela pode ser causada por fatores como traumas, forças ortodônticas excessivas, infecções periodontais, entre outros.
Diferente da reabsorção interna, a externa pode ser sintomática, manifestando-se por dor e mobilidade dentária.
Diagnóstico
Conforme explica o dentista Antonio Leonardo Ohland Neto, a detecção eficaz de reabsorções radiculares apicais externas é melhor realizada por meio de tomografias computadorizadas por feixe cônico (CBCT).
Porém, de acordo com ele, as radiografias periapicais digitais são preferidas pela praticidade e menor exposição à radiação.
Ele ainda explica que as radiografias panorâmicas não são adequadas para este fim devido à sua resolução insuficiente para identificar mudanças sutis na estrutura radicular.
Tratamentos
As opções de tratamento para a reabsorção radicular externa variam de acordo com a causa e a extensão da reabsorção. Entre as principais opções estão:
- Remoção do estímulo etiológico: em casos de reabsorção inflamatória, é essencial eliminar a causa subjacente, como o tratamento de uma infecção periodontal ou a redução de forças ortodônticas excessivas;
- Tratamento endodôntico: pode ser necessário quando há envolvimento pulpar, com a limpeza e obturação dos canais radiculares;
- Reparo cirúrgico: para casos de reabsorção extensa, pode ser indicada a intervenção cirúrgica para remoção do tecido reabsorvido e reparo da área afetada;
- Monitoramento: em casos menos agressivos, o acompanhamento clínico e radiográfico regular pode ser suficiente.
A importância do entendimento sobre as diferenças entre reabsorção radicular interna e externa
Traumas dentários, tratamentos ortodônticos e infecções periodontais são fatores comuns que desencadeiam a reabsorção radicular.
Os dentistas que estão cientes desses fatores de risco podem monitorar pacientes mais de perto, realizando exames radiográficos regulares, como tomografias computadorizadas por feixe cônico (CBCT) e radiografias periapicais digitais, conforme explicamos.
Além disso, o conhecimento sobre reabsorção radicular permite que os dentistas identifiquem a condição em seus estágios iniciais, quando as intervenções são mais eficazes e menos invasivas.
Por exemplo, a reabsorção radicular interna pode ser tratada com procedimentos endodônticos como a pulpectomia e a obturação do canal radicular.
Ao mesmo passo, a reabsorção radicular externa pode requerer desde a remoção do estímulo etiológico até intervenções cirúrgicas.
A falta de conhecimento sobre a reabsorção radicular pode levar a diagnósticos tardios, quando as opções de tratamento são mais limitadas e menos eficazes, aumentando o risco de perda dentária e comprometimento da saúde bucal do paciente.
Portanto, é essencial que os dentistas estejam bem informados sobre essa condição, seus fatores de risco, métodos diagnósticos e opções de tratamento para proporcionar os melhores cuidados possíveis aos seus pacientes.
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