Quando uma pessoa não tem algum dente desenvolvido, dizemos que ela tem uma anodontia. Esse é um problema bastante grave, tendo em vista que todos os dentes têm um papel importante para o nosso processo digestivo.
Além disso, a anodontia também é um problema estético. Afinal, ter um sorriso bonito abre muitas portas. Logo, as pessoas que não têm algum dente podem até mesmo ser desclassificadas em vagas de emprego, por exemplo.
Isso sem contar a baixa autoestima e os problemas psicológicos que podem ser desencadeados por conta de uma ausência de dentes.
Reunimos neste conteúdo, tudo o que você precisa saber sobre a anodontia, inclusive as principais formas de tratamento para solucionar esse problema. Siga conosco!
Afinal, o que é a anodontia?
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos define a anodontia como: “um distúrbio genético raro caracterizado pela ausência de todos os dentes”.
A instituição americana ainda define que esse fenômeno é causado por um defeito genético provocado por uma mutação desconhecida.
Segundo os estudiosos, a anodontia é mais comum de ser vista em mulheres, numa proporção de 2 para 3. Ou seja, a cada três casos da anomalia, dois são de indivíduos do sexo feminino e apenas um do masculino.
Quais são os outros nomes dado a ausência de dentes?
Apesar da anodontia ser definida como a ausência total de dentes, há variações na nomenclatura. Isso pode ser visto na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).
De acordo com o CID, temos as seguintes variações:
- K00.00: anodontia parcial: o paciente não tem alguns dentes;
- K00.01: anodontia total: o paciente não tem nenhum dente.
- K00.09: anodontia inespecífica: ocorre quando ainda não se sabe se o paciente tem a anodontia parcial ou total.
Além dessas, outras nomenclaturas também são dadas para a ausência de dentes. O termo hipodontia, por exemplo, é usado para descrever a falta de um a seis dentes.
Já o termo oligodontia é usado quando o paciente tem uma ausência de mais de seis dentes na boca.
Há ainda o termo agenesia, que explicaremos mais detalhadamente, no próximo tópico.
Qual é a diferença entre anodontia e agenesia?
Praticamente não existe diferenças significativas entre anodontia e agenesia, de modo que, na literatura da Odontologia, os termos quase sempre são usados como sinônimos.
Ambos os termos servem para nomear ausências de dentes que ocorrem de forma congênita, ou seja, algo que é característico da pessoa e a acompanha desde o nascimento.
A anodontia e agenesia, portanto, não se trata de uma ausência de dentes que caíram ou foram arrancados por conta de tratamentos odontológicos, acidentes, doenças na gengiva ou qualquer outra situação.
Quem tem anodontia ou agenesia não desenvolve os dentes, ficando com “buracos” na boca.
Como é feito o diagnóstico de anodontia?
Geralmente, o diagnóstico de anodontia é feito ainda na infância, quando os pais percebem que os dentes do filho estão demorando muito para aparecer.
Nesse caso, um dentista especialista em odontopediatria precisa ser consultado, para fazer um diagnóstico mais completo. O profissional, inicialmente, levantará um histórico familiar da criança, tendo em vista que a anodontia é um problema genético.
Após, ele solicitará exames radiográficos para confirmar se o caso realmente se trata de anodontia. É por meio do raio-X que se pode verificar se o paciente tem ausências de raízes e outros elementos na arcada dentária.
Quais são os tratamentos mais comuns para a anodontia?
Os tratamentos para a anodontia variam conforme a gravidade de cada caso e as condições de cada paciente. Por isso, apenas o dentista pode avaliar e fazer um planejamento detalhado, analisando a oclusão e as características da face de cada indivíduo.
Em alguns casos, os espaços abertos podem ser fechados ainda na infância, com o uso de aparelhos ortodônticos.
Porém, há situações em que o mais recomendado é deixar que a criança se desenvolva com os espaços abertos. Mais tarde, na vida adulta, são feitos implantes e tratamentos de reabilitação protética.
Outra possibilidade é a colocação de mini implantes durante a fase de crescimento, que vão sendo substituídos conforme a criança cresce.
Os tratamentos para a anodontia são cobertos por seguros?
Recentemente, a Agência Nacional de Saúde (ANS) dispôs a respeito da obrigação dos planos de saúde liberarem exames de tomografia computadorizada, independentemente se o solicitante é médico ou cirurgião-dentista. O mesmo vale para outros exames de imagem.
Dessa forma, desde que haja a justificativa dos exames e o plano de saúde do paciente os cubra, o dentista deve solicitar e o convênio deverá pagar.
Já as consultas e outros procedimentos de rotina realizados em pacientes com qualquer tipo de anodontia são cobertos por seguros, de acordo com as modalidades contratadas.
Por isso, antes de iniciar os tratamentos ou contratar um convênio, verifique quais são as condições de cada instituição. Assim, você poderá escolher um seguro que se encaixe bem nas suas principais necessidades.
Quanto antes a anodontia for identificada, mais eficaz são os tratamentos. Por isso, os pais devem levar os bebês para consultar com um odontopediatra logo que o primeiro dente de leite nascer.
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