A anatomia da ATM é considerada a mais complexa do corpo humano. Por isso, conhecer e saber como lidar com lesões e disfunções nessa parte do organismo é um desafio para os dentistas.
Quando um paciente sofre alguma disfunção na ATM, ele pode sentir muitos incômodos e dores diárias, na cabeça e no pescoço.
É interessante destacar que, inicialmente, as dores não ocorrem nos dentes. Por isso, quando estão sentindo dores relacionadas à anatomia da ATM, os pacientes acabam procurando um médico e não o dentista.
Na maioria dos casos, são os médicos, após diagnosticarem o quadro de anatomia da ATM, que encaminham os pacientes para uma consulta com o dentista.
O que é a ATM?
A Articulação Temporomandibular (ATM) é a parte do corpo que liga diretamente o osso da mandíbula ao osso do crânio, possibilitando que possamos fazer movimentos para falar e comer.
Os músculos da ATM são os responsáveis pelo controle de todos os movimentos maxilares. Ou seja, se existir algum problema nessa parte do corpo, a pessoa poderá ter comprometida funções básicas, como a alimentação e a comunicação.
É por isso que as lesões na ATM devem ser tratadas rapidamente, para evitar que se agravem e causem problemas maiores para os pacientes.
Por que é importante conhecer a anatomia da ATM?
Para os dentistas, conhecer sobre a anatomia da ATM é muito importante, tendo em vista que é necessário fazer as abordagens para diagnóstico e tratamentos corretos nos pacientes.
Já para os pacientes, conhecer sobre a anatomia da ATM também é interessante. Dessa forma, se vierem a ter algum problema nessa região, saberão que necessitam procurar ajuda profissional.
Como funciona cada estrutura da anatomia da ATM?
Como comentamos, a anatomia da ATM é a mais complexa do organismo. Ela faz movimentos de rotação e translação, que garantem a abertura e o fechamento da boca, por exemplo.
Para que isso aconteça, a anatomia da ATM se divide em diferentes estruturas. A seguir, falaremos brevemente sobre cada uma delas.
Fossa mandibular ou glenoide
A porção mais profunda do osso temporal é chamada de fossa mandibular ou glenoide. Essa estrutura da ATM é formada por uma camada fina de um osso compacto.
O osso, por sua vez, é revestido por uma fina camada de fibrocartilagem.
Protuberância articular ou eminência
A protuberância articular, também chamada de eminência, é formada por um osso com aspecto esponjoso, que recebe uma cobertura de outro osso fino.
A estrutura é coberta, em sua totalidade, por fibrocartilagem.
Côndilo mandibular
A anatomia da ATM também conta com um detalhe anatômico formado por uma ossificação endocondral, composta por um osso esponjoso e uma cobertura de osso cortical.
Esse detalhe recebe o nome de côndilo mandibular e tem uma espessura que varia conforme cada pessoa.
Disco articular
Uma das principais partes da anatomia da ATM é o disco articular, que é formado por uma estrutura fibrocartilaginosa e bicôncava.
Esse disco tem o objetivo de proteger o contato das demais superfícies quando a mandíbula é articulada. Além disso, ele também amortece eventuais choques e regula os movimentos.
Zona bilaminar
A zona bilaminar é formada por um tecido conjuntivo frouxo, que se localiza na porção posterior do disco articular.
Essa parte da articulação da ATM é muito rica em fibras nervosas e vasos. Por isso, os dentistas precisam ter muito cuidado ao realizar qualquer procedimento no local.
Cápsula articular
A anatomia da ATM é revestida por um tecido conjuntivo chamado de cápsula articular.
O tecido protege e limita os movimentos do côndilo. Dessa forma, ele se mantém maleável para que todos os movimentos necessários sejam realizados.
Líquido sinovial
Na ATM, também circula o chamado líquido sinovial, que se origina nas células sinoviais e tem uma consistência bastante viscosa.
A função do líquido é lubrificar todas as superfícies articulares, aumentando a eficiência da movimentação e reduzindo as erosões no local.
Ligamentos
A anatomia da ATM conta também com vários ligamentos de tecidos conjuntivos colagenosos, que se tornam limitadores da função articular.
Os ligamentos são responsáveis por segurar a ATM e se classificam em três categorias:
- os colaterais;
- os capsulares; e
- os temporomandibulares.
Vascularização
Finalmente, a última estrutura da ATM é a de vascularização. Ela é composta por ramificações das artérias maxilares-internas e pelas temporais-superficiais, que irrigam a parte posterior da cápsula.
Ao mesmo tempo, pequenos ramos da artéria entram na região anterior para fazer a penetração.
Para analisar a anatomia da ATM dos pacientes, é importante que os dentistas solicitem exames de imagem. Assim, é possível verificar todos os detalhes das estruturas e fazer diagnósticos corretos.
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