A Odontologia é uma profissão com diversas possibilidades de atuação. Da limpeza à melhoria estética, o trabalho de melhorar sorrisos traz a autoestima de volta ao paciente. Com tantas opções, pode ser difícil escolher a especialidade ideal para sua carreira.Mas para quem deseja atuar diretamente com o público, a especialização em Ortodontia é uma das melhores áreas para se investir.
Mas o que faz esse profissional? Quais as subáreas em que você pode atuar? O que você vai estudar no curso? Então, se você quer esclarecer essas dúvidas, continue a leitura e entenda mais sobre a especialização em Ortodontia:
Do que se trata a área de Ortodontia?
É a especialidade da Odontologia que trata dos ossos maxilares e dos dentes. O ortodontista é o profissional que vai colocar e fazer a manutenção de aparelhos ortodônticos ou ortopédicos preventivos. Além disso, ele também estuda as maloclusões dentárias que podem ser passadas hereditariamente.
Com certeza, o que mais atrai à Ortodontia é a possibilidade de corrigir posições dentárias utilizando aparelhos ortodônticos. Hoje, com as diversas possibilidades de aparelhos disponíveis, o trabalho ficou mais diverso, já que cada um deles é indicado para um caso diferente. E muitos deles são confeccionados pelo próprio ortodontista — algo que ele aprende durante a pós-graduação.
Como é a especialização em Ortodontia?
Na maioria dos casos, a especialização em Ortodontia é a de maior duração: dura, em média, 36 meses. Segundo o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp), por exemplo, é a segunda maior carga horária dentre as especializações, com 1500 h — perde apenas para Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais, com 3 mil h. Mas o Manual do Sistema de Gestão de Curso de Especialização especifica 2 mil h. Além disso, é também obrigatório que a classe tenha, no máximo, 12 alunos.
Além disso, é a especialização em Ortodontia é a que conta com o maior número de inscritos.
Quais as matérias da especialização em Ortodontia?
As matérias vão variar por curso e por formato. A especialização em Ortodontia, por exemplo, é uma formação lato sensu, portanto seu currículo será diferente de um mestrado ou doutorado. No entanto, o aluno vai estudar desde cefalometria até a inserção de um aparelho ortodôntico ou placa de mordida.
Outra grande diferença é que uma especialização costuma ser mais voltada para o mercado. Por isso, é mais curta e traz uma visão ampla de diversos aspectos da área — enquanto
Vamos avaliar a especialização em Ortodontia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
As disciplinas do curso são:
- Ancoragem Absoluta e Mini-Implantes
- Bioestatística e Técnicas de Ensino
- Emergências Médicas
- Interrelação entre as Especialidades Odontológicas
- Marketing com Ênfase na Odontologia
- Metodologia do Trabalho Científico
- Ortodontia I
- Radiologia
Já o programa compreende:
- 001 Ortodontia 1 (337 horas)
- 002 Ortodontia 2 (337 horas)
- 003 Ortodontia 3 (338 horas)
- 004 Ortodontia 4 (338 horas)
- 005 Ética e legislação odontológica (30 horas)
- 006 Bioética (15 horas)
- 007 Metodologia do trabalho científico (60 horas)
- 008 Emergências médicas (15 horas)
- 009 Marketing com ênfase na Odontologia (15 horas)
- 010 Radiologia (15 horas)
- 011 Interrelações entre as especialidades odontológicas (30 horas)
- 012 Bioestatística e técnicas de ensino (30 horas)
- 013 Oclusão e problemas da ATM (15 horas)
- 014 Ancoragem absoluta e mini-implantes (30 horas)
Ao total, o curso tem 1605 h, que contam desde as matérias até palestras, workshops e atendimento ao público.
O que considerar na hora de escolher a especialização em Odontologia?
Embora o preço possa ser um fator atrativo na hora de escolher sua especialização, ele não pode ser o principal, muito menos o único. Então, veja o que considerar:
- carga horária (lembre-se de que ela deve ter, no mínimo, 1500h);
- currículo do corpo docente: o ideal é que pelo menos a maioria dos professores seja de mestres e doutores;
- a reputação da instituição;
- a inscrição da instituição e do curso no MEC.
Portanto, é preciso ter ciência de que a instituição deve oferecer o melhor para o aluno, já que o investimento financeiro é alto, variando de R$1100 a R$3 mil/mês.
Como é o salário de um ortodontista?
O salário varia conforme uma série de critérios:
- aulas teóricas baseadas na prática laboratorial (nesse caso, pode ser interessante observar se o professor tem um consultório ou atua na área);
- infraestrutura do local, com salas, laboratórios, bibliotecas, recursos e aparelhos próprios para teoria e prática;
- quantos pacientes o profissional consegue atender diariamente;
- uso de simuladores para representar a prática clínica;
- experiência e qualificações profissionais;
- contato supervisionado com o cliente;
- apresentação de casos clínicos;
- perfil econômico do público;
- região do consultório;
- valor da consulta.
No entanto, alguns sites mostram a média do salário em todo o país.
Segundo o Vagas.com, um ortodontista começa recebendo R$ 3.714 e pode ganhar até R$ 6.207. A média salarial no Brasil é de R$ 4.748. Já o site Salário aponta uma média de R$ 4.056,40 para salário bruto de uma jornada de 31h de trabalho semanal.
No entanto, é também preciso considerar que o investimento em uma especialização em Ortodontia é alto. Por isso, tenha atenção para não aceitar um salário abusivo apenas para adquirir experiência.
Como é o mercado de trabalho?
Apesar de concorrido, o especialista em Ortodontia costuma sempre ter demanda. Afinal, ele vai lidar com lesões, quebras de dentes, patologias no geral e com a manutenção de um aparelho de dentes, ou seja, desde doenças até a parte estética. Por ser tão versátil, a procura é frequente.
Segundo o Conselho Federal de Odontologia (CFO), a Ortodontia é a área com a maior quantidade de especialistas no país: 28.482 profissionais. Para se ter uma ideia, a diferença é de mais de 11 mil profissionais com relação à segunda no ranking: Implantodontia (17.031).
Um fato curioso para mostrar como a Ortodontia brasileira é importante: durante a Copa de 2014, muitos estrangeiros procuraram por tratamentos dentários no Brasil. Embora a maior parte fosse de emergências, os “gringos” gostavam das consultas pelo alto nível dos profissionais e baixo custo com relação a outros locais.
Além disso, países como Estados Unidos costumam ter alta empregabilidade para odontologistas, já que a quantidade de profissionais por região é muito baixa. Portanto, um especialista em Ortodontia já deu passos largos para uma carreira em ascensão.
Pronto para começar sua especialização em Ortodontia? Então, compartilhe este texto nas suas redes sociais para que mais profissionais entendam sobre o assunto!