Desde a descoberta dos raios-X, em 1895, a prática odontológica nunca mais foi a mesma. Afinal, pouco tempo depois, os dentistas já estavam utilizando a tecnologia para analisar a arcada dentária dos pacientes com mais exatidão e menos empirismo. Hoje, os exames digitais na Odontologia permitem chegar a um grau de precisão não antes imaginado.
Para os conservadores, a tecnologia demanda um custo alto, mas quem já trabalhou com ela sabe dos grandes benefícios para a rotina de trabalho e saúde do paciente. Além de facilitar o diagnóstico, ela ainda auxilia o monitoramento e permite o compartilhamento de informações com mais rapidez. O mais importante: patologias
A tecnologia veio para ficar. Se você quer adotar os exames digitais no seu consultório, continue a leitura:
O que são exames digitais na Odontologia?
São exames em que o armazenamento das radiografias é feito no meio digital. Além disso, em vez do filme radiológico, os exames digitais são obtidos por sensores que captam e enviam as imagens diretamente para o computador ou nuvem. Nele, as imagens são processadas e direcionadas para análise do radiologista e do odontologista.
No geral, a diferença é que os exames convencionais são muito dependentes do filme, enquanto os digitais contam com diferentes etapas:
Convencional | Digital | |
Detecção das imagens | Filme | Sensores digitais |
Armazenamento | Filme | Arquivo digital em nuvem |
Etapa | Captação e revelação | Captação, processamento, arquivamento e apresentação |
Existem 3 formas de obter a radiografia digital na Odontologia:
- indireta: nesse caso, o processo de obtenção da imagem radiológica é o convencional, mas o profissional digitaliza o filme radiográfico usando um scanner ou câmera fotográfica
- semi-direta: o equipamento conta com um chassis que vai receber uma placa de fósforo sensível à radiação. Quando o raio-X é disparado, a placa recebe e digitaliza a imagem, que depois será colocada em um leitor para a transferência de dados;
- direta: aqui, não há necessidade de placa de fósforo ou chassis. Nesse caso, os raios-X são capturados por um leitor de circuitos sensíveis, que automaticamente captam a imagem e a enviam para o computador.
A tecnologia digital mais atual utiliza o tipo direto. Nesse caso, as imagens radiográficas são armazenadas por meio do sistema PACS, que organiza esses dados e facilita a comunicação dos setores de hospitais e clínicas. Portanto, quando o odontologista precisar daquele arquivo, o terá armazenado em nuvem, sem a necessidade de mantê-lo impresso.
Conheça os diferentes tipos de exames digitais na Odontologia:
Radiografia intrabucal
Nesse caso, o sensor é colocado dentro da boca do paciente, portanto permite uma excelente visualização de cada objeto dentário. A radiografia intrabucal se divide em:
- periapical: a mais usada em Odontologia, é que permite visualizar toda a anatomia do dente, das faces vestibular e lingual, osso e tecido de sustentação. Portanto, pode ser aplicada para análise de qualquer dente, independentemente da arcada;
- interproximal ou bite-wing: radiografia para observação de coroas inferiores e superiores de uma parte da arcada. Em cada imagem, é possível observar as coroas completas de dois a três dentes. Mais indicada para cáries interproximais, crista óssea e excessos marginais nas restaurações dos dentes pré-molares e molares;
- oclusal: radiografia para posição de raízes residuais, dentes do siso e excedentes. Por isso, a película é colocada entre o maxilar e a mandíbula, e o raio-X incide em um ângulo específico em relação à sua posição.
Radiografia extrabucal
Nesse caso, a imagem é feita fora da boca, por isso foca mais no crânio, maxilar e mandíbula. No entanto, é possível ter uma visão geral sobre a situação da arcada dentária e permite uma exploração radiológica maior.
É o tipo de técnica indicada para pacientes que sofrem de condições que não permitem a radiografia intrabucal. Da mesma forma que a intra, existem diferentes tipos de exames digitais para radiografia extrabucal:
- panorâmica: é a que permite uma visualização geral de toda a arcada dentária em uma só tomada. Além disso, envolve pouquíssima radiação;
- panorâmica com traçado: é a panorâmica com traçados em suas estruturas panorâmicas feitas pelo radiologista. Assim, o odontologista consegue estimar possíveis espaços e tamanhos para implantes;
- cefalométrica: semelhante à panorâmica, esse tipo de radiografia permite visualizar as vias aéreas do paciente, pois proporciona a observação lateral do crânio;
- submentovértice (Hirtz): utilizada para diagnósticos de Ortodontia e cirurgia bucomaxilofacial, permite a observação de assimetria nos côndilos mandibulares, seio esfenoidal, parede posterior do seio maxilar e fraturas no arco zigomático;
- PA (póstero-anterior) seio frontal ou telerradiografia frontal: indicada para tratamento cirúrgico, a radiação incide na parte posterior e sai na anterior. Por isso, permite analisar os seios paranasais e assimetrias do maxilar e da mandíbula;
- PA seio maxilar (Watters): é usada para observar seios maxilares, assoalhos das órbitas, seio frontal e células etmoidais;
- articulação temporo-mandibular (ATM): captura imagens da boca em máxima abertura e em oclusão. Por isso, é ideal para visualizar o posicionamento dos côndilos em relação à fossa mandibular e a movimentação da mordida;
- PA de mandíbula: para visualizar diversas estruturas do rosto, incluindo a articulação temporo-mandibular.
Tomografia computadorizada
A tomografia computadorizada cone beam ou por feixe cônico é uma técnica em que o feixe sai em formato de cone. Com isso, consegue imagens tridimensionais com baixo nível de radiação — o tempo de exposição varia de 6 a 7 segundos.
Depois do processo, as imagens são levadas ao computador, que conta com um software capaz de reconstruí-las nos formatos 2D e 3D.
Exames digitais na Odontologia: tecnologia própria ou terceirizada?
Terceirizar os serviços de exames digitais na Odontologia facilita todos os processos no consultório, pois é mais econômico e rápido. Equipamentos de Radiologia exigem um alto investimento e precisam de um amplo espaço na clínica. Além disso, é preciso contratar especialistas que captem e analisem as imagens antes do odontologista.
Contar com uma clínica radiológica especializada é ter todos os benefícios que os equipamentos e equipe próprios proporcionariam, mas sem o alto investimento.
Iniciante ou já experiente, uma boa clínica odontológica precisa contar com uma tecnologia de ponta — e isso uma clínica de Radiologia Odontológica séria pode te proporcionar. Portanto, conheça a DVI e adote agora os exames digitais no seu consultório.