Depois do surgimento da impressora 3D, houve um grande avanço tecnológico na Medicina. A tecnologia possibilitou o barateamento de próteses sem comprometer a qualidade delas. Mas ela não se limitou ao setor: encontramos impressões tridimensionais na construção civil, arquitetura, indústria e alimentação, por exemplo. Essa versatilidade tornou-a muito mais acessível, tanto que, hoje, a impressão 3D na Odontologia é uma realidade em muitos consultórios.
Mas será que a impressão 3D na Odontologia é realmente acessível ou encarece consideravelmente os serviços do profissional? Quais vantagens ela realmente traz? É o que você vai saber neste post:
O que é impressão 3D?
Também conhecida como prototipagem rápida ou fabricação aditiva, a impressão 3D é um método de criação de objetos tridimensionais a partir de modelos digitais. Os materiais utilizados durante a construção do objeto são depositados em camadas.
A impressão 3D revolucionou diversos setores por sua capacidade de imprimir, basicamente, tudo — pelo menos qualquer objeto que possa ser criado em software. Na Medicina e na Engenharia, ela tem sido desenvolvida para reproduzir de próteses a órgãos e tecidos complexos. Na Odontologia, não seria diferente.
A impressão 3D na Odontologia reproduz objetos menores, mas também complexos. Ela pode, inclusive, auxiliar no preparo de uma cirurgia. Embora possa parecer de alto custo em um primeiro momento, o nível de precisão e alta qualidade reduz chances de erro, retrabalhos e necessidade de novas próteses. É satisfação para o profissional, credibilidade para a clínica e segurança para o paciente.
Como é a impressão 3D na Odontologia?
Na Odontologia, a técnica mais utilizada de impressão 3D é a estereolitografia, que permite criação e produção rápidas com alta precisão.
As três categorias de máquinas mais utilizadas são:
- Stereolithography Apparatus (SLA): aparelho que trabalha com um laser solidificando uma resina fotossensível. Ideal para aparelhos removíveis, placas interoclusais e dispositivos sobre mini-implantes;
- Digital Light Processing (DLP): utiliza outra fonte de luz para solidificar a resina. Também ideal para os procedimentos acima;
- Fused Deposition Modeling (FDM): deposita e funde filamentos de material termoplástico. Por seu baixo custo com relação a outras impressoras, era mais usada para criação de objetos por amadores. Hoje, com o avanço de sua tecnologia, ela também é utilizada na Odontolgia. No entanto, para objetos mais lisos ou menores que o bico da FDM (o menor é de 0.2 mm), o ideal é utilizar as anteriores.
Quais vantagens traz a impressão 3D na Odontologia?
Veja como a produção de impressões tridimensionais vai transformar sua rotina no consultório:
Cirurgias
A impressão 3D na Odontologia consegue otimizar consideravelmente cirurgias buco-maxilo-faciais e reduzir riscos de erros, infecções e retrabalhos. Além disso, reduz o tempo do procedimento e traz resultados mais eficazes.
Ela pode ser utilizada principalmente de três formas:
- impressão das áreas infectadas/patológicas para estudo antes da cirurgia;
- impressão de guias cirúrgicos com mais rapidez e precisão;
- impressão de biomodelos para o planejamento da cirurgia.
Alinhadores e aparelhos ortodônticos
A impressão 3D na Odontologia é utilizada há algum tempo para a criação de aparelhos ortodônticos, como os de cobertura oclusal e com acrílicos. No entanto, hoje ela é responsável principalmente por reproduzir aparelhos ortodônticos invisíveis perfeitamente alinhados à arcada dentária do paciente.
Também chamados de alinhadores estéticos, também são provas de que a impressão 3D na Odontologia está cada vez mais acessível e popular. Ele é feito com base no escaneamento e criação de um modelo da arcada dentária do paciente em um software.
Para se ter uma ideia, há empresas que, a partir de um primeiro e único contato do paciente com o odontologista, cria todos os alinhadores usando impressão 3D e projeções criadas em software. Todo o progresso do tratamento é acompanhado por meio de selfies que o paciente envia pela internet. Vários dentistas fazem o acompanhamento, mas o indivíduo não os conhece pessoalmente.
Muitos profissionais são contra essa prática, já que não há um acompanhamento pessoal para garantir que o tratamento está trazendo resultados, além de que uma projeção não é um retrato fiel da realidade. Esse tipo de serviço não está disponível no Brasil.
Próteses e implantes
Um dos grandes exemplos de impressão 3D na Odontologia é o uso para confecção de próteses e implantes. A principal tecnologia para desenvolvê-la é a CAD/CAM.
A abreviatura para computer-aided design (esenho assistido por computador)/computer-aided manufacturing (manufatura assistida por computador) é o nome de uma tecnologia que une scanner intraoral, computador e fresadeira.
Funciona assim: o profissional faz o escaneamento da arcada dentária do paciente e obtém imagens que podem ser ampliadas em até 60 vezes. Com a obtenção dessas fotos, cria-se o modelo digital da arcada dentária do paciente para projetar a prótese. Quando o modelo digital finalmente está pronto, o profissional envia o comando pelo computador para a fresadeira, que começa a confeccionar a prótese em um bloco de material rígido.
Embora sejam utilizadas principalmente em conjunto, tanto o CAD quanto o CAM funcionam separadamente.
Restaurações
A tecnologia CAD/CAM também pode produzir blocos e coroas para recompor dentes que perderam grande parte de sua estrutura.
Por mais que exija um investimento mais elevado, a impressão 3D na Odontologia já é uma realidade. Além de proporcionar resultados esteticamente mais agradáveis, ela também proporciona mais opções de aparelhos ortodônticos, mais precisão nos tratamentos e cirurgias, maior reprodutibilidade e mais eficácia. Com isso, o consultório ganha credibilidade e consegue reter clientes.
Resumindo, é um recurso indispensável para dentistas e que compensa financeiramente com o tempo. Mas se você está em início de carreira ou não tem capital nem espaço para adquirir equipamentos, não se preocupe: esses serviços podem ser terceirizados sem comprometer a qualidade do procedimento. Você não precisa fazer um empréstimo, por exemplo, e ainda otimiza o tratamento, já que não vai precisar de uma equipe interna para desenvolver objetos tridimensionais.
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