Embora a técnica de impressão tradicional ainda seja largamente utilizada pela Odontologia, o avanço da tecnologia permitiu o desenvolvimento de novos recursos também nesse campo. Hoje, com o escaneamento intraoral, o profissional conseguiu muitas facilidades. Dentre elas, as principais são a reprodução e a precisão das imagens.
Antes que isso acontecesse, o modo tradicional de impressão passou por várias fases de evolução – tanto que, hoje em dia, ele continua sendo muito utilizado pelos bons resultados que proporciona. No entanto, as vantagens da impressão digital, tanto para o paciente quanto para o profissional, são muito grandes.
Neste post, você vai entender como a impressão digital evoluiu para o que é hoje, além de descobrir como a facilidade de reprodução e a precisão do escaneamento intraoral proporcionaram avanços consideráveis na Odontologia. Confira:
Primeiras técnicas de impressão dentária
As primeiras técnicas de impressão convencional foram desenvolvidas no início do século XVIII. Philipp Pfaff desenvolveu um método usando cera aquecida para a reprodução negativa das arcadas dentárias e o preenchimento com gesso Paris.
Já no século XIX, Chapin A. Harri defendeu o uso da versão calcinada do gesso para impressões em cera. A partir daí, o gesso Paris, a guta-percha e um composto termoplástico de cera ficaram populares como materiais para impressão.
No século XX, surgiram outros materiais para a moldagem dental, como:
- alginatos hidrocoloides reversível e irreversível (um dos mais usados até hoje), que revolucionaram o método;
- polissulfetos (tipos de elastômeros);
- poliéter Impregnum (elastômero muito utilizado até hoje);
- silicones de condensação e adição.
Essas substâncias, no entanto, apresentam condições que podem afetar a precisão e a reprodutibilidade do processo: problemas de estabilidade dimensional, sabor e odor desagradáveis, dificuldade de remoção da cavidade oral, alta rigidez e contração na moldeira, por exemplo.
Quando falamos de precisão na impressão convencional, fatores como o material utilizado, tipo de moldeira escolhida e técnica aplicada afetam consideravelmente o resultado. Nenhuma dessas condições influencia o resultado de um escaneamento intraoral.
A impressão digital necessita, em suma, de prática laboratorial. O profissional deve entender o funcionamento do aparelho e ter prática no manejo, mas não há tipos de técnicas que possam influenciar o resultado.
Fluxo de trabalho digital
Alguns autores defendem que é possível obter a impressão digital por dois métodos: digitalizando os modelos obtidos pela impressão convencional ou fazendo o escaneamento intraoral no paciente.
Nesse contexto, é possível afirmar que, quando o assunto é impressão intraoral, há 3 tipos de fluxo de trabalho:
Fluxo de trabalho tradicional
Refere-se à impressão convencional, com uso de material físico e aderente para a criação dos moldes. Aqui, o odontologista utiliza moldeiras e materiais de impressão, como os alginatos, e depois envia tudo para o laboratório. Lá, o técnico de prótese dentária faz o preenchimento do molde com gesso, para criar o modelo de trabalho.
Após o preenchimento, ele digitaliza o modelo para obter um projeto 3D da arcada dentária do paciente. As imagens podem ser obtidas por um sistema CAD/CAM e enviadas para uma fresadora, que vai produzir a restauração.
O trabalho final (a restauração) será enviado ao dentista, que vai adaptá-lo à arcada do paciente.
Ex-fluxo de trabalho digital
É o escaneamento intraoral sem a utilização de uma fresadora acoplada. Aqui, o profissional utiliza o scanner intraoral independente para obter imagens de toda a arcada dentária do paciente. Depois, envia as imagens (digitalmente) para um laboratório, que fará o trabalho de edição com software e fresagem.
O prefixo “ex” é utilizado para diferenciar esse fluxo daquele que é, hoje, considerado digital.
Fluxo de trabalho digital
É o escaneamento intraoral ligado a uma fresadora. Nesse tipo de fluxo, o profissional escaneia toda a arcada dentária do paciente, edita as imagens e faz a restauração no mesmo local. Todo o processo leva pouco tempo: a fresagem, por exemplo, é feita em minutos. Portanto, esse processo de trabalho adianta consideravelmente o tratamento.
Perspectiva laboratorial com o escaneamento intraoral
A impressão digital feita pela união do scanner intraoral com a fresadora trouxe inúmeros benefícios para a Odontologia. Além da rapidez de todo o processo, o escaneamento é muito mais confortável para o paciente. Ele não precisa utilizar moldeiras e materiais em volta da arcada dentária, que são difíceis de remover completamente e podem causar vontade de regurgitar quando colocados na boca.
No entanto, dois fatores mais se destacam aqui: a precisão e a reprodutibilidade.
A precisão é a exatidão, ou seja, o quão próximo da realidade está o modelo criado pela fresadora. Esse resultado é obtido quando as imagens capturadas são equivalentes à arcada dentária escaneada. O scanner é capaz de reproduzir fotos que sejam fiéis em tamanho, coloração e proporções da boca do paciente.
A umidade causada pela saliva, a movimentação do paciente e a superfície refletora dos dentes podem atrapalhar a captação das imagens. No entanto, a rapidez do escaneamento e a qualidade da câmera usada na tecnologia CAD/CAM conseguem reverter esse problema. Além disso, o desconforto do paciente é míniportanto, essaessa movimentação pode ser evitada com uma conversa prévia.
No caso do reflexo dental, o profissional pode contorná-lo com uma fina camada de pó.
A fidelidade das imagens também dependem da distância entre a superfície e o scanner e do movimento das mãos do profissional. Portanto, é essencial que esse trabalho seja feito por quem já tem experiência em escaneamento intraoral digital.
Já a reprodutibilidade (ou confiabilidade) é a capacidade de consistência/concordância dos resultados quando o instrumento é aplicado da mesma forma e repetidas vezes sobre objetos em condições idênticas. O escaneamento intraoral apresenta excelente reprodutibilidade, embora ela também possa ser afetada pelo reflexo dental. Novamente, esse problema pode ser contornado com a aplicação de pó.
Como você viu, a precisão e a reprodutibilidade são características marcantes do escaneamento intraoral. Para obter esse resultado, você deve contar com profissionais capacitados e com experiência nesse exame. Entre em contato com a DVI Radiologia e fale com um especialista.