Em tratamentos de saúde, é imprescindível que haja uma anamnese antes. O profissional deve saber de todo o histórico do paciente, desde a rotina de atividades físicas a doenças congênitas. E isso se aplica a qualquer procedimento, inclusive tratamentos dentários. E quando são doenças do coração, a atenção é redobrada. Pacientes cardiopatas na Odontologia precisam de cuidados especiais, e nem todos os tratamentos serão adequados.
Essa preocupação maior ocorre porque as bactérias bucais podem chegar ao coração por meio da corrente sanguínea, desenvolvendo uma endocardite infecciosa. Se isso já ocorre com a má higiene bucal, imagine com um procedimento incorreto.
Ainda tem dúvidas com este assunto? Costuma atender clientes com problemas no coração? Neste post, você vai saber mais sobre como agir com pacientes cardiopatas na Odontologia. Confira:
Como agir com pacientes cardiopatas na Odontologia?
Veja 8 cuidados essenciais com quem sofre de patologias do coração.
1. Faça uma anamnese detalhada
Primeiramente, o profissional de saúde deve entender a importância de fazer uma anamnese completa, independentemente do grau de complexidade do procedimento que será realizado. Essa etapa será crucial para descobrir pacientes cardiopatas na Odontologia.
É bem provável que o paciente não entenda a importância de falar que sofre de uma cardiopatia. Portanto, é nessa hora das perguntas que você vai descobrir informações tão preciosas para um tratamento seguro e eficaz.
Além de perguntar sobre o tipo de doença, medicamentos e tratamentos, esteja atento aos sintomas que o paciente relatar ou possa apresentar durante a consulta. O ideal é que o odontologista mantenha uma comunicação com o médico para oferecer o melhor tratamento, assegurar a saúde total do indivíduo e evitar o uso e a receita de remédios indesejáveis para cardiopatas. O acompanhamento multidisciplinar traz resultados muito mais completos.
2. Converse com o paciente
É de suma importância que o paciente entenda sobre a importância de responder sinceramente todas as perguntas da anamnese. Se possível, explique a ele sobre os perigos que uma periodontite, por exemplo, oferece para o coração. Isso é um fator crucial para que ele entenda como é essencial manter a boa higiene da arcada dentária.
Por mais que essas orientações devam ser comuns ao seu público geral, elas devem ser reforçadas para os pacientes cardiopatas na Odontologia. Isso porque os cuidados devem ser redobrados, já que a infecção por bactérias podem acarretar consequências muito mais graves.
Informe sobre a necessidade de escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia e sempre após as refeições, de usar uma escova de cerdas macias (para não machucar a gengiva e, consequentemente, fazê-la sangrar) e de trocá-la a cada 3 meses, no máximo.
O fio dental também é essencial. Oriente sobre o sangramento inicial (comum em quem não tem costume de usá-lo), mas que o uso pelo menos uma vez ao dia fará com que o problema termine. E, por fim, sobre a importância de se consultar com um odontologista a cada 6 meses, pelo menos.
3. Preste atenção aos sinais
As DCV (doenças cardiovasculares) costumam apresentar sinais muito particulares. Para reconhecê-los, o odontologista deve conhecer todas as patologias do coração.
Isso será importante até mesmo para pacientes que nem sequer sabem que sofrem de uma cardiopatia e, portanto, tornará as consultas muito mais seguras, além de estreitar a relação de confiança com o paciente. Um paciente com cardiopatia congênita, por exemplo, costuma apresentar lábios arroxeados. Respiração ofegante, aumento do volume torácico e sudorese excessiva também podem ser sintomas de doenças relacionadas ao coração.
Obviamente, o odontologista não pode dar um diagnóstico de cardiopatia, e sim indicar ao paciente que procure por orientação médica.
4. Faça a profilaxia antibiótica
A profilaxia é uma etapa fundamental, principalmente com pacientes cardiopatas na Odontologia, já que qualquer procedimento oferece risco de infecções. A atenção à assepsia do material do consultório é fundamental. Além disso, veja se os fármacos não oferecem nenhum efeito colateral que possa afetar patologias do coração. Assim, você evita que pacientes sofram complicações.
Até mesmo uma anestesia pode afetar o sistema nervoso e causar riscos a pacientes cardiopatas na Odontologia. Portanto, cuidado redobrado.
5. Entenda de primeiros socorros
O ideal é que as consultas com pacientes cardiopatas na Odontologia sejam curtas, mas mesmo assim alguns casos são mais perigosos, ou seja, imprevistos podem acontecer.
O ideal é que o odontologista saiba os principais procedimentos de primeiros socorros, como massagem cardíaca. Garanta que em seu consultório todos saibam como agir em procedimentos de emergência.
Se o paciente tiver alto risco, o tratamento deverá ser feito com sedação.
6. Atenção à medicação
Solicite que seu paciente sempre tenha à mão os fármacos de uso diário, justamente para evitar imprevistos ou para não atrasar a dosagem diária.
7. Observe a cadeira
Veja se a inclinação do encosto da cadeira não atrapalha a respiração do paciente. Dependendo do ângulo, pode dificultá-la.
8. Faça consultas curtas
As consultas com pacientes cardiopatas na Odontologia devem ser mais curtas, no entanto, eficazes. O ideal é que você realize o maior número possível de procedimentos em uma mesma consulta e controle a necessidade de uso dos antibióticos.
Como visto, é essencial que o profissional conheça todas as DCV para que possa oferecer procedimentos seguros a pacientes cardiopatas na Odontologia. Oriente sobre a importância de falar sobre todos os medicamentos utilizados e de manter uma rotina de cuidados de higiene bucal. Só assim é possível assegurar a saúde de seu paciente e, como consequência, fidelizá-lo.
Como você costuma agir com pacientes cardiopatas na Odontologia? Há cuidados especiais no seu consultório? Deixe seu comentário no post!