Um dos pré-requisitos para reabilitar um paciente com implantes dentários é a presença de osso. A partir do momento que houve a perda do elemento dentário, acontece também um processo de atrofia do tecido ósseo. O osso alveolar é um tecido dinâmico e depende dos estímulos mecânicos gerados pela mastigação para se manter. Este é o processo de remodelação que ocorre em todo tecido duro do corpo e está relacionado a manutenção do volume e do metabolismo ósseo.
Pacientes que perderam dentes posteriores inferiores, ao longo do tempo, apresentam uma grande perda óssea em altura, o que pode impedir a instalação de implantes convencionais pela presença do nervo alveolar inferior. Foram publicadas cientificamente várias técnicas para criação de tecido ósseo na região como: distração osteogênica, enxerto ósseo em bloco, regeneração tecidual guiada porém nenhuma delas demonstrou resultados clínicos confiáveis, ou seja, não há estudo científico que realmente prova que estas técnicas irão funcionar sempre.
Outra alternativa seriam implantes curtos, porém, não há no mercado brasileiro implantes curtos testados cientificamente e que tenham resultados comprovados.
Já que as técnicas alternativas não tem comprovação científica, por que não utilizar implantes convencionais?
Na maioria das situações a perda óssea mandibular posterior é em altura, entretanto, a espessura se mantém. Uma técnica viável é a utilização de implantes convencionais, inclinados de forma que tangenciem o canal alveolar. Para realizar esta técnica basta uma visão precisa da região e um bom treinamento cirúrgico. O uso da Tomografia computadorizada é fundamental para a realização de implantes inclinados na mandíbula porque garante ao profissional uma visão em três dimensões da região, tornando o ato cirúrgico seguro e previsível.
Por Heitor Cosenza.