Recentemente, vi um post no blog da minha colega Dra. Juliana Stuginsky Barbosa que me chamou muito a atenção.
Sabemos que o número de cirurgias de implantes osseointegrados no Brasil cresce a taxas galopantes – o que é ótimo – mas é fato que estatisticamente, se o número de cirurgias aumenta, o número de erros também tende a aumentar. Sempre encontramos em nossos achados radiográficos implantes demasiadamente perto do nervo mandibular onde não temos informação clínica sobre dores pós-operatórias.
O texto da Dra. Juliana fala justamente sobre isso: neuropatia pós-implantes dentários. Dores pós-operatórias que muitas vezes são negligenciadas pelo profissional por falta de conhecimento desse evento que pode ocorrer com freqüência maior do que imaginamos.
Entretanto, essa confusão acontece em decorrência de um erro bem grave: falta do exame radiográfico correto. Por vários motivos, o dentista insiste em não solicitar a tomografia computadorizada, que é o exame padrão ouro para avaliação da quantidade óssea disponível a fim de realizar o planejamento dos implantes.
Alguns outros colegas insistem em operar seus casos de implante utilizando exclusivamente a radiografia panorâmica, o que também pode induzir a severos erros de planejamento, por não ter a visualização tridimensional da área a ser operada.
Lembrem-se: se vai planejar implantes, não deixe de orientar seu paciente quanto aos riscos do procedimento e solicitem sempre a tomografia computadorizada para a segurança, tanto do profissional, quanto do paciente.
Por Hugo Rosin.